Contra natura... será?

Por vezes evito comentar algo que leio no facebook ou em sites porque, muito sinceramente, sinto que não pertenço a este  mundo (BDSM)... Não possuo conhecimento suficiente para falar sobre determinados assuntos por isso não participo muito.

 Paulo Dominous Jorge , pela primeira vez,  falou para mim que eu pertencia ao mundo baunilha. Eu nem sabia que existiam esses mundos. Sempre recusei padrões e esteriótipos. Quando conheci o meu marido, ele fez questão de me falar do mundo dele (BDSM). Sinceramente, não me assustou nada. Sempre respeitei as escolhas de cada um. E durante a minha vida (baunilha) nunca me despertou a curiosidade de conhecer ou ler sobre BDSM. Paulo Dominous Jorge assumiu-se como Dominador e um "pouco" sádico. Apaixonei-me por ele. Apaixonei-me pelo homem, não pelo Dominador. Namorámos durante algum tempo e estamos casados há quase 15 meses. Medo foi coisa que nunca senti a seu lado quando a sua essência começou a fluir... Dúvidas? Tive muitas... Insegurança da minha parte? Muita. Confusão na minha cabeça? Puxa... muitos conflitos de sentimentos e a procura de explicação para emoções e sensações novas para mim... Mas medo, nunca... Algures, pela net, li um dia que um relacionamento que passe do amor para bdsm era um relacionamento condenado à priori. Não concordo. Eu apaixonei-me primeiro e tive as minhas primeiras experiências ao lado do meu marido. Descobri coisas em mim que nem sonhava que existiam. A minha submissão, a minha necessidade de ser submissa foi surgindo aos poucos... Descobri a minha essência... Mas neste percurso nunca senti medo. BDSM para mim é apenas mais uma forma de sentir prazer. São jogos de sedução e erotismo. Hoje o meu lado submisso completa o Dominador que existe em Paulo Dominous Jorge. O meu masoquismo (descoberto recentemente) desafia, alimenta e procura saciar o sadismo que existe em Paulo Dominous Jorge.

A minha vida de baunilha contribuiu muito para eu ser a pessoa pela qual ele (Homem, Dominador e sádico) se apaixonou.  Os valores que defendo hoje são os mesmos que sempre defendi nesse tal mundo baunilha e não abdico deles. 

Claro que a minha história é muito diferente daquelas que leio por aqui. Ela é a minha história. 

No meu relacionamento existe muito bdsm mas também muita baunilha... eles estão interligados e alimentados por nós. Completam-se. Um não faz sentido sem o outro.

Por vezes sinto que, para alguns, o nosso relacionamento é contra natura.
Cada um fala do que conhece. Eu falo da minha vivência com Paulo Dominous Jorge.