domingo, 6 de abril de 2014

Diferenças...


Realmente cada situação tem as suas próprias características. E cada pessoa procura enfrentar essas situações da melhor forma possível e da maneira como sabe fazê-lo. O Paulo viu em mim características que eu nem sabia existirem. Eu nem teorias nem estudos tinha sobre o mundo BDSM. Como falei, foi o Paulo que pela primeira vez falou para mim desses mundos. Mas sempre fomos honestos, respeitando as nossas diferenças e a confiança mútua foi crescendo. Eu vivia a minha vida sossegadinha... no meu mundo baunilha.
Claro que o facto de estarmos apaixonados e a fazer planos a dois para o nosso futuro em comum, inibiu-o um pouco em relação à sua sexualidade... Foi-me conquistando aos poucos. Falámos muito sobre BDSM... mas a minha entrada nesse mundo foi muito suave e sempre conduzida pela sua mão. Como ele próprio fala, não podia chegar ao pé de mim e dizer... é isto que eu quero e pretendo de ti a nível sexual... não. Ele teve o cuidado de esclarecer muitas dúvidas minhas, paciência para me explicar muitas coisas... porque realmente eu vivi e continuo a viver e a sentir do lado dele muitas emoções e sensações novas. Para mim tudo tem que ter sempre muita lógica.
Eu preciso entender como e porquê reajo de diversas formas a estímulos diferentes ou, por vezes, muito semelhantes. As reacções nem sempre são iguais. O ambiente ou até o meu estado de espírito na altura podem alterar reacções minhas...
Há coisas que vivo pela primeira vez, há coisas que vivemos ambos pela primeira vez... estamos sempre a aprender um com o outro. O próprio Paulo admite que eu não conheço ainda o suficiente e que ele não sabe tudo. Temos características muito próprias que se adaptam na perfeição e uma dessas características é o sentimento de posse.
Eu quero e sou sua propriedade. É com muito orgulho que exibo a minha coleira na rua, no café, entre familiares, nas compras, etc... mas o Paulo também é minha propriedade. Disso não abrimos mão.
Somos felizes vivendo a vida que temos, da melhor forma possível, não abrindo mão de tudo a que temos direito.


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